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Acre assina contrato do Fundo Amazônia com BNDES para investimento em setores ambientais

     Nelson Liano   – 08h03min

    O Palácio Rio Branco recebeu na noite de quinta-feira, 11, ministros e governadores da Região Norte para celebrar o aporte de R$ 98 milhões do Fundo Amazônia ao Acre. Quem fez o anúncio foi a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, acompanhada do governador Gladson Cameli, da diretora do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Tereza Campello, do ministro de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e da secretária estadual de Meio Ambiente, Julie Messias.

    Recursos serão utilizados em ações de preservação das florestas. Foto: José Caminha/Secom

    “Esse projeto, que foi assinado pelo Fundo Amazônia, ficou parado por quatro anos até que o presidente Lula o retomou. O controle de desmatamento é a base para o pagamento desses recursos, que são doações da Noruega, da Alemanha, do Reino Unido e dos Estados Unidos. Atualmente esse fundo dispõe de 6 bilhões de reais”, explicou a ministra Marina Silva.

    Ela ressaltou ainda que o aporte será aplicado na preservação ambiental, na redução do desmatamento e em outras áreas produtivas, para fomentar a bioeconomia sustentável no Acre.

    “Além do Fundo Amazônia, estamos trabalhando numa iniciativa global para a proteção das florestas e já conseguimos o apoio da Malásia, da Indonésia, da República Democrática do Congo, da Colômbia e de Gana”, destacou a ministra Marina Silva. Foto: José Caminha/Secom

    “As ações previstas são de regularização fundiária que têm passivos ambientais que precisam ser regularizadas para ter acesso a créditos. Também para dar suporte ao ordenamento territorial das terras indígenas. E há uma parte direcionada às atividades produtivas sustentáveis”, salientou Marina Silva.

    A ministra ainda anunciou um novo fundo de investimento, que está sendo articulado pelo governo brasileiro para a preservação das florestas. “Além do Fundo Amazônia, estamos trabalhando numa iniciativa global para a proteção das florestas e já conseguimos o apoio da Malásia, da Indonésia, da República Democrática do Congo, da Colômbia e de Gana. Nós iremos pagar, àqueles que têm florestas tropicais preservadas, 30 dólares por hectare anualmente”, revelou a ministra.

    Governador falou da importância das parcerias e dos investimentos para o desenvolvimento da região. Foto: José Caminha/Secom

    O governador Gladson Cameli agradeceu à ministra Marina Silva e ao presidente Lula pelas parcerias com o governo do Acre. “Esses recursos chegam num momento em que os estados da Amazônia estão precisando investir na preservação ambiental e em atividades sustentáveis. Mas, ao mesmo tempo, existe o nosso compromisso de cumprir as metas de preservação das nossas florestas, determinadas pelo Fundo Amazônia. Quero ainda destacar que desejamos aumentar as nossas parcerias com o governo federal em várias áreas. Mas sempre reconhecendo e tendo gratidão pelos avanços conseguidos, para unirmos os nossos esforços e cuidarmos do Acre”, afirmou.

    A diretora do BNDES, Tereza Campello, lembrou da importância do Fundo Amazônia para o Acre, que já acessou esses recursos em outros contratos.

    Tereza Campello lembrou da importância do Fundo Amazônia para o Acre. Foto: José Caminha/Secom

    “Estamos num momento de retomada. O Fundo Amazônia tem uma longa história com o governo do Acre. Desde 2009, tivemos vários contratos com o Estado, que, somados, representam 83 milhões de reais de investimentos do BNDES na área ambiental. Mas o atual contrato que estamos assinando é muito maior do que todos os outros anteriores somados, são 98 milhões para ações integradas de enfrentamento ao desmatamento, projetos de desenvolvimento sustentável e restauro florestal”, informou a diretora do BNDES.

    A secretária Julie Messias comemorou e agradeceu à ministra Marina Silva pelo investimento. “Esse é o primeiro projeto que iremos desenvolver depois do retorno do Fundo Amazônia. Estamos comprometidos com os alertas de desmatamento, para reduzir essas incidências em 70%, para fazermos o dever de casa, que abrirá os caminhos para o acesso a novos investimentos”, afirmou a secretária.

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